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conceptualização_relatório

O projeto Menstruório visa criar uma instalação de vídeo interativa que proporcione uma experiência cultural imersiva ao público. Através da interseção entre arte e tecnologia, pretende-se transformar o visitante num agente ativo da experiência. O desenvolvimento do projeto começou com a ideia de um percurso interativo que estruturasse a experiência do utilizador, garantindo a sua imersão e participação ativa. O conceito inicial surgiu da necessidade de criar um ambiente dinâmico que se adaptasse ao visitante, estimulando a sua curiosidade e incentivando a interação com os elementos projetados.



Seguiram-se os primeiros esboços do artefacto, com projetores e telas para criar um ambiente visual dinâmico. 



O amadurecimento do conceito de materialização levou à  evolução da materialização do projeto de vídeo interativo sobre tabus menstruais.  Esta escolha temática permite explorar como informações errôneas persistem mesmo em contextos de aparente abundância informativa, estabelecendo um paralelo com os mecanismos de consumo digital contemporâneo.

A interface simula o comportamento de doomscrolling e utiliza glitch art como elemento visual central, criando uma metáfora cognitiva entre a distorção da informação e os erros visuais. A narrativa é ramificada, permitindo ao utilizador explorar diferentes perspectivas históricas e culturais sobre o tema. As escolhas do utilizador influenciam a experiência, enquanto a estética lo-fi e a incorporação de erros visuais são usadas para transmitir camadas mais profundas de conteúdo sobre o assunto.



Na fase de planeamento da materialização considera-se o uso de projetores para criar uma experiência visual imersiva em grande escala, explorando diferentes ângulos e posições para otimizar a visibilidade e integração com o espaço. O projeto consistirá numa instalação interativa, com elementos de glitch art para proporcionar uma experiência dinâmica e imersiva sobre estigmas menstruais, com a interação do visitante a influenciar o conteúdo visual.



Paralelamente, a estruturação da narrativa cíclica garante que a experiência não tenha um ponto de início ou fim fixo, adaptando-se às interações do público. Em vez de uma história linear tradicional, optou-se por um sistema narrativo em que cada visitante poderá experienciar uma sequência diferente consoante a sua interação com o artefacto. Este modelo permite múltiplas interpretações, tornando a experiência única para cada participante. Exploram-se técnicas narrativas que reforçam essa abordagem não linear.



Finalmente, a animação digital, será usada para representar histórias de dferentes experiências menstruais de maneira fluida e acessível, equilibrando simplicidade e profundidade visual. Em contraste, o uso de imagem real em stop-motion irá ilustrar daos estatíscos e experiÊncias reais desses tabus, reforçando a materialidade da experiência.

A instalação contará com uma progressão de glitches visuais que vão acontecendo no vídeo, ao longo da interação, onde a busca por uma resolução satisfatória é constantemente frustrada. O sistema interativo permitirá ao visitante escolher entre diferentes caminhos narrativos, refletindo a ilusão de opções ilimitadas, mas restritas, características do consumo digital. Essa estrutura será uma metáfora do impacto psicológico das interações com algoritmos, combinando elementos de animação e imagem real para ilustrar a coexistência entre factos e estigmas menstruais.


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