conceptualização. vídeo interativo.
- Margarida Gil Pires
- 23 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de mai.

O vídeo interativo constitui o elemento central da instalação, sendo composto por:
Segmentos em Animação Digital
Representações fluidas e estilizadas dos mitos menstruais, inspiradas na linguagem visual de obras como Persepolis (Satrapi, 2007), onde temas culturais sensíveis são tratados com uma abordagem estética que equilibra simplicidade e profundidade
Capacidade de visualizar conceitos abstratos de forma acessível
e/ou
Elementos de imagem real em Stop Motion
Criar momentos de contraste visual e textural
Representar aspectos mais tangíveis e físicos dos estigmas
Reforçar a materialidade que dialoga com a estética lo-fi desejada
Progressão Glitch e Frustrações Intencionais
A intensificação dos glitches no vídeo funciona como um mecanismo catalisador de frustração.
A progressão de glitches é desenhada para criar uma sensação crescente de frustração no visitante, espelhando a experiência do doomscrolling digital, onde a busca por uma conclusão satisfatória é constantemente negada.
Aspectos Técnicos da Implementação
Sistema interativo que permita a navegação entre os diferentes segmentos do vídeo
Pontos de decisão claros onde o visitante pode escolher caminhos narrativos
Metáfora Conceitual
Este design narrativo funciona como metáfora direta do doomscrolling e dos mitos menstruais, alinhando-se com o conceito de imaginário algorítmico proposto por Bucher (2016), que explora como algoritmos e interfaces digitais afetam emocionalmente os utilizadores, criando expectativas e comportamentos específicos:
Os caminhos limitados representam como o doomscrolling cria a ilusão de infinitas opções que na verdade são restritas
A intensificação dos glitches simboliza como a percepção da informação se degrada com o consumo excessivo
A aparente promessa de conclusão seguida de ruptura reflete como os mitos persistem apesar das tentativas de esclarecimento
A combinação de animação e imagem real representa a mistura de informações factuais e míticas que caracteriza muitos dos tabus menstruais
Bucher, T. (2016). The algorithmic imaginary: exploring the ordinary affects of Facebook algorithms. Information, Communication & Society, 20(1), 30–44. https://doi.org/10.1080/1369118X.2016.1154086
Satrapi, M. (Diretor). (2007). Persepolis [Filme de animação]. França: 2.4.7 Films, France 3 Cinéma, Sony Pictures Classics. https://www.imdb.com/title/tt0808417/
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